Um termo cunhado antes, por outras pessoas que se colocaram a questionar e tensionar as relações pré-estabelecidas de gênero. Antes daqui, outro alguém dançou com a linguagem e decidiu questionar termos. Agora entendemos a corpa como uma fusão entre o Eu e O Corpo, a materialização de uma existência social, e também reunião de obras de arte que vai de encontro à ideia do corpo-obra-política. A Corpa desobedientente reivindica o lugar de instituição. Dotada da capacidade de disputar e alternar poderes, rompe também qualquer ciclo de rigidez. É nascedouro de propostas que provocam questionamentos e soluções, dúvidas e certezas - mantendo vivo o instinto de perguntar e perguntar-se. Essa exposição pode ser observada como um passeio pela ideia fisiológica de corpo ou, também, como um questionamento sociológico das ideias pré estabelecidas sobre o que pode ou não ser ou fazer uma Corpa. ​

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Longe de tentar fingir que não há embate, coloca posta frente à frente o conflito ensimesmado e imutável da pessoa individual contra a sociedade. Não há intenção de vencer, mas há a de apresentar aquilo que já existe no mundo Plural que tentamos construir. Expandindo-se e sempre mutável. A diversidade de corpas, representada por esses trabalhos, busca a visibilização e discussão de assuntos que se espalham por pensamentos e fazeres pertinentes a vivência LGBTQI+, negritude, deficiências, transgressões e marginalizações da existência humana. A Corpa que pensa o campo da arte como nascente de proposições de ações políticas e sociais efetivas. Por fim, se há uma mudança de paradigma ocorrendo na sociedade para o que diz respeito a gênero, estamos mais interessadas no que isso significa para as relações sociais, a família, etc, do que em posicionar a transição somente como uma teimosia.

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