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'Pequena' Mostra Maranhão Brasília de Arte Contemporânea

Exposição Coletiva

Ester Cruz 

Ian Nogueira 

Domo 

Milu Almeida

Isabel Se Oh

Gabriel Matos

Sofoia

Marina Dutra 

Daniele R 

Morena 

Gabriela Gusmão 

Beatriz soares 

Curadoria Gisele Lima, Laura Samily e Melissa Alves

Vida por um fio: quanto vale a cabeça de um artista? 

 

Não começa e nem termina aqui. Jornada espiral, não linear, fluida feito água mansa: tem que saber escorrer pra deslizar por entre as brechas. Quanto vale a cabeça de um artista? Meta-humano, caótico, que sonha e surta pela escolha de viver do caos e da beleza e goza e chora um pouco todos os dias. Quanto vale a cabeça de um artista? Tem preço? Está à venda? Quem dá mais? Quem é que destranca a porta para fora das bolhas, quando as chaves parecem travadas do lado de dentro? Aqui, neste espaço-terra em que tudo é político, quem é que nos ensina os códigos de sobrevivência?

 

Reafirmando mais uma vez nosso compromisso em ser uma Pilastra de sustentação para novos artistas, Ilhó é uma mostra que propõe olhar para o começo e tudo aquilo que veio antes dele, através daqueles que nunca sequer chegaram até aqui, mas que trazemos conosco a partir do momento em que nossa presença chega. Na contra-corrente das chamadas abertas e editais, onde nossa trajetória institucionalizada pesa mais que nossa subjetividade, neste espaço, as trajetória cotidianas, as lacunas vazias, a experimentação corajosa e o desejo desesperado pela continuidade, compõem a encruzilhada passado-presente-futuro que edifica as pontes que atravessam e reconfiguram a lógica do tempo. Porque para nós, bons artistas, são aqueles que dançam com seus medos, o estudo, o debate, as oportunidades e a teimosia, construindo suas próprias coreografias sem fórmula pronta. 

 

Os 12 artistas dessa edição, apresentam suas pesquisas, em constante processo e amadurecimento e que têm em comum, a memória e as relações consigo mesmos e com os outros. Cada um, à sua maneira, propõe com os seus códigos a reflexão de temas caros para suas construções enquanto indivíduos, que refletem nos nossos desafios enquanto ser vivo. No jogo político das artes, lançam suas materialidades sobre as obras, como estratégia de se fazer existir num sistema que a todo momento aniquila nossas existências artísticas. Ilhó é uma vela acessa em oração, por toda faísca de sonho que um dia foi apagada e que ainda assim, encontrou calor e vento para permanecer acessa e queimando e espalhando fogo.


Galeria A Pilastra

Brasília - DF

13/09/2023 - 14/10/2023

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