DOBRA, 2022
Exposição Coletiva
Âmbar,
Ana Reis,
Beatriz Bortolozzo,
Céu Barbosa,
Félix Beatriz Perini,
Luda Bulhões Laroyê,
Marlan,
Ro Ro Brasil,
Marcelo Solá e
Mauricinho Hippie.
Curadoria Adriano Braga, Andresa Moreno, Gustavo Machado e Nutyelly Cena
Entendendo que os espaços independentes são espaços indispensáveis na concorrência das políticas de representação, mapas cognitivos e na disputa quanto aos regimes de verdade, ficamos extremamente honrados e contentes com a possibilidade de ocupar o espaço da APILASTRA. Temos buscado uma forma de especular a Dobra e através dela, intervindo em processos complexos de forjamento das construções de (in)versões de fatos históricos, ligados aos sujeitos, racializados e/ou sexualmente não comprometidos com as normativas de matriz oficial e hegemônica, cisbrancoheteropatriarcal. Para tanto, ficcionalizamos essa exposição coletivamente objetivando mobilizar aspectos no âmbito do ecológico, social e espiritual.
A Dobra é o que religa o dentro e fora dos campos de Visualidades e Invisibilidades, dialogando com o que está estruturalmente fora, se comprometendo com aquilo que historicamente ficou no campo do esquecimento, negociando com o que é dentro, ainda que dentro-fora, friccionando arquiteturas e organizações do saber-poder, alargando o campo das opacidades, interrogando o que se forjou como centralidade nas políticas de representação, dos saberes e epistemologias.
A dobra é gesto inconcluso e simbólico de sentir-pensar quanto a nexos estéticos, cognitivos e intuitivos, espaço também de inversão e dos paradigmas epistêmicos e simbólicos. O que aqui se propõe é o comprometimento com a escritura de uma outra arquitetura cognitiva e poética. Ainda que a Dobra toque o âmbito do irrepresentável.
Essa exposição também se propõe a prestar uma citação a artista Mauricinho Hippie, e para tanto, buscou devolver mirada àquilo que para nós é instância inconforme às corpas desviantes, rotas de outras gestualidades e às coreografias da curva como lócus de produção de subjetividades em fuga. Tensionando o regime visual que se estabeleceu em hierarquia dos sentidos, distanciando da visão como centro de todos os sentidos, desestabilizando a hegemonia da cultura do visual, o grupo plural, heterogêneo e diverso se propôs, por tudo isso, em uma investigação imbricada com questões que permeiam a vida das corpas em Travessias.
Galeria A Pilastras
Em parceria com a Galeria Rumos - GYN
Brasília - DF
11/09/2022 - 30/09/2022